domingo, 29 de maio de 2016

Dicionário de Sonhos - Divulgação

Recentemente chegou cá a casa este livro. Não podia ter calhado melhor. Diz-se por aí (no submundo) que as grávidas têm sonhos muito estranhos. Confere. Confere para todas as grávidas menos para mim. Sempre tive os sonhos mais marados e estranhos do mundo. Cheios de criaturas nojentas, situações super caricatas, bichos, N coisas que me faziam pular da cama. Engravidei e capuft. E tudo o sono levou. É raro lembrar-me dos meus sonhos e quando lembro são sempre sobre coisas banais do meu dia a dia e que facilmente consigo processar. 
Por isso, quando no outro dia acordei sobressaltada porque estava a sonhar com um ex namorado, fui logo consultar o livro. Não me ajudou propriamente, na medida em que não há assim a explicação perfeita. Mas eu arranjei uma, não vá o rapaz ler isto, ou mesmo o pai da minha criança =)
O ex aqui da je, já é pai. Foi pai duas vezes. Agora que estou prestes a entrar na mesma fase que ele, dou por mim montes de vezes a perguntar se ele é feliz. Não com aquele intuito mesquinho sabem, mas genuinamente, gostava de saber se ele está bem, como estão as crianças, se está feliz, se ser pai é tudo aquilo que ele sempre pensou. Cenas. Acho que foi por causa disto que sonhei com ele, porque na realidade não vejo outra explicação. Uma coisa gira que este livro trás é um diário, onde podemos anotar aquilo que sonhamos assim como desenvolvimentos importantes sobre o resto do dia. Ao final e algum tempo sei que isto dá para ser tudo analisado e que nos ajuda a realmente processar os nossos problemas. Gosto muito. Se se interessam por este tipo de temáticas não deixem de dar uma vista de olhos a este livro. A edição é linda, de capa dura com sobre capa. Vale a pena =)

Sobre a Feira do Livro * 2016


Fui ontem à feira
Com intenções de ir Feirar.
Dei uma volta à coisa,
E saí de mãos a abanar!
by: Neuza

Gostaram do pequeno verso? É que foi mesmo isto que se passou, apesar de haver algumas pessoas que não acreditam em mim! Juro juro, que fui à Feira do Livro e não comprei nadica de nada. Pelo menos nada que dê para ler, porque 2 farturas vieram cá para casa. Fui ontem à Feira, especialmente para estar com amigas. E ia com dois sentimentos contraditórios: o de  "bolas vou desgraçar-me". E o de "nhe de certeza que nada me vai entusiasmar".
O que acabou por acontecer foi um misto dos dois. Vi imensos livros que constam da minha wish e que gostava de comprar. Mas não vi, infelizmente, promoções que me puxassem por aí além. Acho que este ano toda a gente se vai queixar do mesmo. Por causa da lei do preço fixo, as promoções estão super limitadas. Vá... super não, ainda dá para fazer packs de livros interessantes. Mas eu, tal como a maioria das pessoas, sofre de um mal que se chama "Eu só quero as novidades mesmo que tenha livros mais antigos na wish não quero saber quero aquele livro novo que cheira a novo e sabe a novo". Uma condição que afecta milhares em todo o país. Na Top Seller por exemplo, há um sistema de autocolantes de bolinha amarela. Os livro que têm bolinha, têm mais de 18 meses de publicação e por isso podem estar incluídos na promo que eles fazem, que no caso é leve 4 pague 3. Neste pack todos têm de ter bola... ora grande bosta! Não vai ser uma estúpida lei que me vai obrigar a comprar 4 livros com bolas que depois vou ter de estar cuidadosamente em casa a arrancar com álcool!!! Na leya também há mais autocolantes para tirar!!! Tudo cola em todo o lado! 
Por isso sim...vi muito livros que queria, especialmente na top seller e, de certeza que vou comprar pelo menos 3. Mas acho realmente que os preços não compensam. Mais vale comprar on line. Não me canso, tenho os livros na mesma e com a vantagem de não ter de estar a tirar autocolantes ou a limpar pó dos mesmos. Cheira-me que feira este ano, só mesmo pelo convívio. E desse lado, já se desgraçaram? 

sábado, 28 de maio de 2016

A Livraria dos Finais Felizes - Opinião

Opinião: Provavelmente um dos livros mais desafiantes que li este ano. Não que tenha lido muitos, mas se tivermos em conta que li um calhamaço de mil e tal páginas, dizer que este menino de 500 foi exigente, é dizer muito. Mas a verdade é mesmo esta. A Livraria dos finais felizes, foi um dos livros mais bonitos que já li mas também um dos mais puxadotes. Houve vários momentos em que senti que estava a ler dois livros diferentes, mas já lá vamos.
Este livro conta-nos a história de Sara, uma jovem sueca que dá início a uma troca de correspondência com uma velhota americana. As duas partilham o amor pelos livros e, para além de trocarem cartas onde se dão a conhecer, passam também a trocar os ditos. A Sara envia, por exemplo policiais nórdicos, e a Amy, alguns clássicos americanos. A amizade entre as duas evolui de tal forma que Sara se vê a ser convidada para ir passar férias à pequena localidade de Broken Wheel. Como a própria sinopse indica, quando ela lá chega, depara-se com uma situação totalmente inesperada e que vai dar inicio a todo um novo rumo na história. 

Dizer que este livro é perfeito para todas aquelas pessoas que gostam de ler, é dizer pouco. É-o de facto, mas também é muito mais. Uma verdadeira lição sobre como objectos tão simples como livros, podem de facto ajudar as pessoas em momentos de grande aflição. Gostei muito desta história mas poderia dizer que se encontra claramente dividida em duas partes. Numa primeira fase de leitura, acompanhamos a Sara os seus devaneios, os dilemas morais com que se depara e todas as suas dúvidas. Tornou-se por vezes massudo, pelo menos para mim. No entanto, do nada, o livro assume um tom mais leve e romântico, o que acabou por o salvar. Há quem tenha preferido o contrário, portanto este livro dá para os dois lados. A escrita é linda e com algum nível de profundidade que me espantou. Não esperava. Especialmente porque tinha este livro em wish (mas em inglês) há algum tempo e pela capa americana, sempre julguei que se tratasse de um livro super divertido. Tem os seus momentos, mas é muito mais do que isso.   
É um livro que fala sobre livros. Que nos dá a conhecer novos autores e que nos desperta a curiosidade face a várias obras. Dá realmente vontade de pegar em N histórias depois de ler este e, acabamos a dar por nós a pensar na frase que figura na capa do mesmo. Há sempre um livro para cada pessoa e uma pessoa para cada livro, algo assim. E é isto que a nossa personagem faz. Abre uma livraria e acaba por ir conhecendo as pessoas através dos livros que lhes dá e vice versa. Só houve uma coisinha que não apreciei tanto. Pelo facto de ser um livro que fala de outros livros, nomeadamente alguns clássicos, houve uma situação em que fui completamente spoilada sobre uma história, que por acaso figura na minha estante como um dos livros que mais quero ler. Fiquei não só a saber o cerne do enredo como o final em si. Passei-me claro. Mas depois também é aquela cena... são clássicos caramba... lê mas é e cala-te. Resumindo e baralhando, recomendo obviamente a todos os livrólicos que por aí andam, mas vão preparados, que a leitura não é assim tão fácil quanto isso. Mas o final compensa, ahh se compensa.

Sinopse: Se a vida fosse um romance, o da Sara certamente não seria um livro de aventuras. Em vinte e oito anos nunca saiu da Suécia e nenhum encontro do destino desarrumou a sua existência. Tímida e insegura, só se sente à vontade na companhia de um bom livro e os seus melhores 

amigos são as personagens criadas pela imaginação dos escritores, que a fazem viver sonhos, viagens e paixões. Mas tudo muda no dia em que recebe uma carta de uma pequena cidade perdida no meio do Iowa e com um nome estranho: Broken Wheel. A remetente é uma tal Amy, uma americana de 65 anos que lhe envia um livro. E assim começa entre as duas uma correspondência afetuosa e sincera. Depois de uma intensa troca de cartas e livros, Sara consegue juntar o dinheiro para atravessar o oceano e encontrar a sua querida amiga. No entanto, Amy não está à sua espera, o seu final, infelizmente, veio mais cedo do que o esperado. E enquanto os excêntricos habitantes, de quem Amy tanto lhe tinha falado, tomam conta da assustada turista (a primeira na história de Broken Wheel), Sara decide retribuir a bondade iniciando-os no prazer da leitura. Porque rapidamente percebe que Broken Wheel precisa de um pouco de aventura, uma dose de auto-ajuda e, talvez, um pouco de romance. Em suma, esta é uma cidade que precisa de uma livraria. E Sara, que sempre preferiu os livros às pessoas, naquela aldeia de poucas gente, mas de grande coração, encontrará amizade, amor e emoções para viver. E finalmente será a verdadeira protagonista da sua vida.

Um, dó, li, tá - Opinião

Opinião: Não tenho por hábito ler muitos thrillers ou livros com algum tipo de componente policial. E sinceramente pensei, que estando grávida ia preferir ler livros mais delicodoces e leves. De facto, no começo da coisa foi assim, mas agora dou por mim a desejar aquela sensação de ler um thriller inquietante. Daqueles que nos prendem e que nos fazem soltar gritinhos (algo que me acontece com alguma frequência). Vai daí, e depois de ter começado a ler um livro da minha querida Dorothy Koomson, e da coisa não estar a resultar, decidi pegar num dos livros que desejava muito ler ainda este ano. Comprei o um dó li tá na feira do livro do ano passado assim como a sua continuação. Claro que não li nenhum e, como o autor vem este ano à feira do livro, teve de ser. Os rabiscos são importantes para mim num livro e este não vai ser excepção. Foi absolutamente excepcional e um dos melhores livros que li este ano...o que para quem leu apenas 9 é dizer muito. 
O livro é exactamente aquilo que a sinopse promete. É o primeiro de uma série, a série Helen Grace e que garante muitas horas de tensão. Neste primeiro livro acompanhamos a nossa inspectora na resolução de um difícil caso de homicídios em série, ligeiramente macabros e aterradores. Duas pessoas são raptadas e confrontadas com a complicada escolha de decidir qual delas morre. Assim um bocadinho à Saw, segundo me disseram. Há sempre muito por trás deste tipo de casos, mas nesta história... há torrentes de significados por trás das mortes e à medida que vamos lendo e compreendendo aquilo que nos é exposto, vamos ficando cada vez com mais cara de parvas. Foram vários os momentos em que soltei as minha típicas exclamações, mas garanto-vos, que no momento em que se sabe quem é que está por trás das mortes, tudo nos cai ao chão. E das duas uma, ou continuamos a ler ou, precisamos de uma pausa para assimilar e juntar as pecinhas do jogo. 
A conclusão é brutal e inesperada e deixa-nos com vontade de pegar imediatamente no segundo volume. Confesso que gostava que o confronto final tivesse sido mais explorado e desenvolvido, mas por outro lado, o facto de o autor ter uma escrita super cinematográfica, faz com que a coisa passe bem ao lado. Ler este livro é como assistir a um autêntico filme. Brutal. Como já referi no começo, este ano o autor vem à feira do livro de Lisboa, penso que no dia 10. Claro que lá estarei para o conhecer pessoalmente e lhe perguntar, se ele joga com o baralho todo. 

Sinopse: DOIS REFÉNS. UMA BALA. UMA DECISÃO TERRÍVEL. SACRIFICARIA A SUA VIDA PELA DE OUTRA PESSOA?
Uma jovem rapariga surge dos bosques após sobreviver a um rapto aterrador. Cada mórbido pormenor da sua história é verdadeiro, apesar de incrível. Dias mais tarde é descoberta outra vítima que sobreviveu a um rapto semelhante.
As investigações conduzem a um padrão: há alguém a raptar pares de pessoas que depois são encarcerados e confrontados com uma escolha terrível: matar para sobreviver, ou ser morto.
À medida que mais situações vão surgindo, a detetive encarregada deste caso, Helen Grace, percebe que a chave para capturar este monstro imparável está nos sobreviventes. Mas a não ser que descubra rapidamente o assassino, mais inocentes irão morrer?
Um jogo perigoso e mortal num romance de estreia arrebatador e de arrasar os nervos, que lembra filmes como Saw, Enigma Mortal e A Conspiração da Aranha.

sábado, 7 de maio de 2016

Revelações

Desde que me conheço que sonho ser mãe. Sempre foi um sonho e um desejo e, portanto, ver-me cada vez mais perto de cumprir esse papel está a ser mágico. No entanto, sempre me imaginei mãe de uma menina. Nas minhas brincadeiras em criança, lá no meio dos nenucos e restantes bonecadas, sempre tive filhas e sempre se chamaram Laura. Não me perguntem porquê. Talvez seja daquelas coisas intrínsecas às meninas. Brincamos às mães e aos pais e somos sempre mães de meninas. Por este motivo, não é de estranhar que nas minhas fantasias de mãe e nestes 5 meses de gravidez, sempre tenha imaginado uma menina. A vida e o dia-a-dia com uma menina, cheia de coisinhas cor de rosa, vestidinhos e laçarotes, cabelinho aloirado e encaracolado como o do pai e feitio de caca como a mãe.
Por trabalhar com crianças sempre achei as meninas mais interessantes. Sorry... mas são. São mais espevitadas, mais nariz empinado e com muito mais personalidade. Mais espertas e maduras... o que também faz com que sejam mais difíceis de educar (especialmente na adolescência...felizmente já me livrei da adolescente cá de casa)...os rapazes são mais práticos, mais simples e mais barulhentos. Mas também é um dado adquirido que são muito mais dados às mães e as meninas aos pais.
Ontem foi dia de ir fazer a ecografia do 2º trimestre. A eco morfológica, onde todos os órgãos são vistos ao pormenor e onde se fazem montes de medições. É também a eco onde geralmente se descobre o sexo do bebe. Finalmente ficámos a saber o que é que tenho aqui dentro aos pontapés a toda a hora. Lembram-se quando aceitei apostas sobre o sexo do bebe? Digamos que a maioria das pessoas estava certa. Vem por aí um menino. O mais estranho foi que assim que a eco começou e olhei para a cara do bebe, pensei logo que era um rapaz. Se fosse menina provavelmente teria um nariz mais pequenino e arrebitado. Passado quase 20 minutos lá o médico desvendou o sexo de uma forma que me fez rir à gargalhada e ao pai da criança também. Parou a imagem (onde se via muito bem a forma do sexo) e começou a desenhar à volta a fazer o contorno. Depois, só para que eu não tivesse dúvidas, escreveu "pilão xxl". O meu mundo parou naquele momento. 
Não consegui parar de sorrir tal era a felicidade que estava a sentir. Naquele momento, todas as ideias sobre ter uma menina voaram pela janela. Fiquei tão feliz que vim para casa o caminho todo a sorrir. Estou super feliz e sinto-me literalmente, nas nuvens.
Finalmente vamos poder começar a planear e preparar a chegada deste bebe. Comprar roupinhas que não sejam neutras, decorar o quarto dele e escolher nomes. Esse é o próximo desafio. Só tínhamos nomes para meninas e nada de ideias para rapaz. Agora é pesquisar e pensar realmente naquilo que gostamos. Que nomes mais vos seduzem? Confesso que não sou fã de nomes tradicionais e prefiro muito mais nomes que sejam pouco vistos. Dou por encerradas as apostas e que comece uma nova etapa na gravidez.