terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

Uma praça em Antuérpia - Opinião

Opinião: Comecemos a coisa da seguinte forma... nunca, NUNCA um final de um livro me fez chorar tanto! E se calhar termino já a opinião por aqui, obrigada por terem vindo e até à próxima.

Vá agora a sério; não estou a exagerar. Nunca um livro me fez chorar tanto quanto este e devo confessar que ia com algumas reservas para a sua leitura, porque quando ele me foi enviado, a menina da editora disse-me que tinha a certeza que eu o ia adorar. Quando me dizem isto sinto um misto de emoções: ao mesmo tempo que me acelera o coração e as expectativas sobem, eu obrigo-me a acalmar e a olhar o livro com um certo ar de desdém... de superioridade... olho e falo com ele enquanto lhe digo : "tst tst... tu não podes ser assim tãooo bom... quem julgas tu que és... coisa azul com letras... um borrifo de água e morres!".
Yup eu faço isto (não julguem que ando sensível). Portanto eu não sabia bem o que esperar, até porque o comecei a ler com a Cata, que o estava a adorar e que, subitamente foi perdendo a pica toda com o livro. Mas bora lá... sobre esta história...é-nos contada sob o ponto de vista da Clarice e logo nas primeiras páginas levamos com uma revelação bombástica que vai guiar toda a história. Ficamos a conhecer duas irmãs gémeas e o seu começo de vida muito resumido logo no inicio. Quando ambas vêm viver para Lisboa as suas vidas mudam radicalmente e  livro começa a adquirir um novo ritmo. Acompanhamos a vida de Clarice, casada com um judeu comunista e a fuga da família que construíram pela europa nazi. Mas seguimos também Olívia, que fica em portugal e que ansiosamente tenta saber noticias da sua irmã e ajudar de alguma forma ao processo de fuga. E o livro consiste basicamente nisto. Logo no começo, como já referi, é-nos dada uma informação crucial sobre a história e passamos o livro todo a tentar perceber o que é que aconteceu a estas duas irmãs e é de morrer.
Como a própria sinopse refere, Clarice consegue chegar à fronteira portuguesa com a sua família e quando isto acontece, sentimos que tudo vai acabar bem, que este vai ser um daqueles livros com final óbvio e feliz... mas porra... tudo muda numa questão de páginas e o nosso coração vai ficando partido e cheio de dúvidas: porquê e como é que isto aconteceu? Ou melhor ainda... o que raio aconteceu?? Regressamos ao presente e à Clarice dos dias de hoje que toma uma decisão que vai mudar tudo e meter um ponto final na sua história... mas que no fundo vai ser apenas um começo. Aquela ultima página do livro, aquele ultimo paragrafo matou-me. Chorei tanto... desalmadamente, como nunca antes me tinha acontecido com livro nenhum. Chorei, reli e chorei mais um bocado... levantei-me do sofá e fui a correr para o quarto acordar o meu marido só para lhe contar como o livro tinha terminado. Importa referir que é daqueles finais que poderá não agradar a toda a gente como aliás tenho visto em algumas opiniões pelo Goodreads, mas quanto a mim, posso garantidamente dizer que este livro tem o tipo de final que é a minha cara. Super super recomendo a toda a gente que goste do tema que o livro aborda, mas também de finais emotivos! Preparem uma caixinha de lenços que vão definitivamente precisar. 



Sinopse: 
Há uma saga que ainda não foi contada sobre a Segunda Guerra Mundial: a história de duas irmãs portuguesas, Olívia e Clarice. Olívia casa-se com um português e vai para o Brasil. Clarice casa-se com um alemão judeu e vai morar em Antuérpia, na Bélgica. Ambas vivem felizes, com maridos e filhos, até que a guerra começa e a Bélgica é invadida.

Para escapar da sombra nazi que vai devorando a Europa, a família de Clarice conta com a ajuda de Aristides de Sousa Mendes, o cônsul que salvou milhares de vidas emitindo vistos para Portugal, em 1940, enquanto atuou em Bordéus, França. A família recebe o visto mas, ao chegar à fronteira de Portugal, um destino trágico a espera... Destino que vai mudar e marcar a vida das irmãs para sempre, por causa de um segredo que só será revelado sessenta anos depois.

«Uma história universal, de grandes amores, fatais desamores e intensa fraternidade em tempos de guerra. Arrebatador.»
Carolina Floare em Sidney Rezende 

6 comentários:

  1. Hum.. fiquei naquela.. leio, não leio.. :)

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    1. Lê... arrisca e se não gostares pronto olha... não gostaste :D

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  2. Olá Neuza!
    Que bom que adoraste!! Foi uma das minhas melhores leituras de 2015 =D
    E também chorei ;)
    Beijinhos

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  3. Olá Neuza,
    Também já li este livro e foi dos melhores livros que li em toda a vida! Adorei.
    É de facto fantástico a forma como este livro nos toca.
    Beijinhos e boas leituras

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    1. Toca mesmo, acho que nunca me vou esquecer da forma como reagi aquele final ...lindo!
      Beijocas

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